*Conferência Municipal de Saúde inicia discussões sobre a garantia de direitos e defesa do SUS*

Teve início na noite de ontem (28), no auditório do Cemae, a 11ª Conferência Municipal de Saúde promovida pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) e pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com o tema Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã Vai Ser Outro Dia.

 

Participaram da mesa de abertura, o secretário municipal de Saúde, Vinícius Rodrigues, a presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Maria Tereza Morais, e o farmacêutico Francisco Júnior, representante do Conselho Federal de Farmácia na Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações do Trabalho do Conselho Nacional de Saúde, que fez a palestra magna.

 

Essa etapa, que antecede as conferências estadual e nacional de saúde, é de reconstrução das políticas públicas junto à população. “Durante as pré-conferências realizadas no decorrer deste mês março foi gritante a necessidade de a população se fazer presente e de pedir melhorias no sistema de saúde e acesso mais qualificado. A gente tem um momento extremamente oportuno e favorável para poder construir isso aqui no município e levar para os níveis estadual e federal”, avaliou a presidente do Conselho.

 

Em sua fala, o secretário de Saúde destacou o desequilíbrio na distribuição dos recursos federais ao longo dos anos e que sobrecarregam estados e municípios que precisam fazer sozinhos esse aporte financeiro diante da crescente demanda da população por saúde. “Nós, enquanto município, sabemos das nossas falhas também, mas sempre estamos junto com a população para construir uma saúde melhor. É um momento importante para refletir, avaliar os números, olhar para trás e enxergar o futuro como ele deve ser”, afirmou Vinícius.

 

Na palestra magna, o farmacêutico Francisco Júnior, afirmou que o SUS é o que há de mais includente no Brasil, mas tem enfrentado sérias dificuldades de manutenção e na garantia de direitos. “Já ouvi gente falar que o SUS é o melhor plano de saúde gratuito que existe. Só que SUS não é plano de saúde, SUS é política de saúde e nós pagamos caro por ele. Infelizmente, a imensa maioria das dificuldades que a gente enfrenta é a desconstrução conceitual no nosso sistema de saúde, por influência do poder econômico e influências do setor privado”, pontuou Francisco.

 

 

 

*Momento de homenagem*

 

O primeiro dia de conferência terminou com uma homenagem prestada em memória de Lúcia Maria de Souza Dantas Dórea, falecida em maio do ano passado, com o descerramento de uma placa na presença de seus familiares, no foyer do auditório, que agora passa a se chamar Auditório Lúcia Maria de Souza Dantas Dórea. Ela foi presidente do Conselho Municipal de Saúde e atuou por mais de 20 anos em defesa do SUS e da população de Vitória da Conquista.

 

A conferência continua nesta quinta (29) e sexta-feira (30), compalestras dirigidas por profissionais da área da saúde, discussões e propostas em torno de quatro eixos temáticos: I – O Brasil que temos. O Brasil que queremos; II – O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; III – Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia; IV – Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas. Confira a programação no site.

Comentários
Instagram